We publish the portugues transaltion of the international joint 1st of May declaration:

Proletários de todos os países, uni-vos!

Abandonar as ilusões e lançar-se à luta!

Nós já sabíamos, e sentíamos no corpo e na alma, que este velho mundo não é nada mais que o inferno para o proletariado internacional e os povos do mundo. Já sabíamos, o que os últimos meses demonstraram, que até o mais tolo sonhador que se fazia de cego viu cair em pedaços, desaparecer como fumaça, todas as ilusões sobre o sistema imperialista mundial.

A mal chamada “Corona-Crise”, que se nutre principalmente dos mais pobres e os mais frágeis, é o resultado de décadas de abandono sistemático e progressivo dos sistemas de saúde pública para as massas, de prevenção e preparação para os casos de calamidade, mesmo que cada nova pandemia anunciava uma pior, por parte dos velhos estados imperialistas e dos estados de capitalismo burocrático na aplicação de seus planos de “privatização” para centrar no lucro ou em vantagens. A isso se deve: os hospitais sem capacidade de atender aos pacientes durante as epidemias e emergências, a falta de pessoal de saúde e de instrumentos, equipamentos e insumos para estes casos; a falta de interesse e atraso na investigação e desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos para o combate de epidemias que afetam a sobrevivência das grandes massas do mundo; por isso os sistemas de alarme não funcionaram mais cedo e quando a Corona-Vírus 19 já atacava a China, em novembro de 2019, nem neste país nem nos Estados Unidos, Espanha, Itália e em nenhum outro se tomaram as medidas imediatas para “não prejudicar a economia”. Esta é a crônica resumida da Corona-Crise, uma crise anunciada dentro da crise geral do imperialismo. “Corona-Crise” que é, no fundamental, a primeira fase de uma nova crise econômica mundial, crise de superprodução capitalista, que já estava também anunciada pelos próprios economistas do capital financeiro desde há tempos, acentuada drasticamente pelo uso que fazem os governos reacionários em todo o mundo da pandemia da COVID-19 – principalmente a superpotência imperialista ianque, a superpotência atômica Rússia e as grandes potências imperialistas – agudizando ainda mais pela cínica competição entre eles. Crise que leva à destruição de forças produtivas em uma forma não vista desde a Segunda Guerra Mundial, em meio de uma avalanche de medidas antioperárias e antipopulares dos governos reacionários “legitimando-as” como necessárias para a luta contra a pandemia, resultado do manejo político dos imperialistas reacionários e revisionistas, que permitiram a expansão da epidemia da COVID-19 até converter-se na pandemia da COVID-19 e gerado algo que não é nada menos que um crime de genocídio contra os povos do mundo.

Os responsáveis da crise são os imperialistas e seus lacaios

Quando a epidemia começou em Wuhan-China, a preocupação dos imperialistas era, principalmente, que não se interrompesse “as cadeias de abastecimento”, o que poderia causar problemas aos imperialistas no processo de produção pela integração vertical de seus monopólios, e assim não tomaram medidas para prevenir a expansão da epidemia. Quando era claro que a epidemia ia se transformar em pandemia, como era o caso, no mais tardar, em janeiro do presente ano, sua preocupação era que as empresas aéreas e turísticas iam ter uma queda nos seus ganhos e não impediram que o vírus se difundisse por todo o mundo. Quando a pandemia começou a golpear a Europa Ocidental fecharam as escolas, mas deixaram abertos os restaurantes e prostíbulos – com a conversa de evitar a ruína dos pequenos proprietários, quando o que se tratava era de defender os grandes monopólios do “franchise” e dos atacadistas. Faz pouco tempo quando começaram a fechar as fábricas, aí sim, que os Estados imperialistas começaram a soltar recursos, aí sim que os Estados garantiram a existência dos monopólios a qualquer custo, aí sim deram “adeus” à política de “austeridade”, ao desenvolvimento desenfreado do capitalismo monopolista estatal; a política de “austeridade”, imposta no mundo pelo imperialismo ianque e na “União Europeia” (“UE”) pelo imperialismo alemão, é diretamente culpado de milhares e milhares de mortos nos países.
 
Esses poucos fatos mencionados demonstram que o que condicionou o manejo da pandemia por parte dos Estados imperialistas é, no fundamental, seu interesse de defender o lucro atuando como o grande capitalista comum da burguesia imperialista de cada nação opressora, guiados por seus interesses políticos e militares na luta interimperialista e, em particular em manter a superexploração dos povos oprimidos. Agora, nos chamam a morrer como cordeiros do deus capital; para salvá-los devemos nos imolar.

Os imperialistas não perdem o rumo, seguem com sua própria lógica se aproveitando que a atenção da opinião pública mundial está distraída pelo drama da “Corona-Crise”: prosseguem a desenfreada agressão do imperialismo ianque contra a Venezuela, no Caribe, as manobras da Rússia no Mar do Norte e no Canal da Mancha, o avanço da “UE” (encabeçada pela Alemanha) de romper as sanções dos ianques contra o Irã, as ameaças de Trump contra a OPEP + a Rússia para que diminuam sua produção de petróleo, para mencionar apenas alguns “incidentes” demonstrando que nada mudará sua natureza de bestas sangrentas. Como disse o Presidente Mao, que o imperialismo nunca será um Buda inofensivo.

A pugna dentro da “UE” diante da demanda da Itália e Espanha, de atualizar a dívida com os “EURO Bonus”, onde a Alemanha atua como hegemonista e obriga aos imperialistas espanhóis e italianos a ajoelharem-se de uma forma que antes somente puderam fazer com países como a Grécia, enquadrando os imperialistas franceses ao obrigá-los a aceitar o pacote de “ajuda” para a redução de jornada de caráter conjuntural, forçando-os com isso a comer na mão da presidente da Comissão da UE, Von de Leyen, demonstra uma vez mais que a unidade europeia sob o imperialismo é impossível. Mas, o mais descarado exemplo da falta absoluta de “solidariedade” entre os imperialistas é como a superpotência hegemônica única, o imperialismo ianque, literalmente rouba os recursos médicos de outros imperialistas, empregando métodos mafiosos tal como denunciaram os representantes dos imperialistas franceses e italianos, entre outros; os métodos que sempre aplicaram contra as nações oprimidas.

Dentro deste cenário de crise econômica e política galopante é claro quem pagará por todas essas barbaridades, como sempre neste sistema putrefato, será os de mais abaixo, os operários, principalmente os “sem documentos” e as massas populares; já, dezenas de milhões foram lançados ao desemprego nos países imperialistas. Mas, o peso maior recairá sobre as costas das massas trabalhadoras e populares, principalmente camponesas, sendo obrigadas a retornar ao campo para sobreviver, assim temos uma mostra mais como a opressão imperialista não destrói a base semifeudal senão que a faz evoluir. No Chile, quando se começou a aplicar a “quarentena”, cinicamente os grandes atacadistas, capitalistas burocráticos, declararam o aumento do preço do pão, em 20%, em um dia. Isto é um crime! Primeiro, eles impedem que as massas ganhem o que necessitam para sobreviver e em cima disso aumentam tremendamente o preço da alimentação mais básica. No Equador, os mortos são deixados nas ruas de Guayaquil por dias, como na época da peste, demonstrando a putrefação absoluta do velho Estado latifundiário-burocrático. No Brasil, enquanto o fascista Bolsonaro e os altos mandos militares pugnam pela direção do regime contrarrevolucionário, unem-se na aplicação do plano da grande burguesia e latifundiários a serviço dos ianques para aferrolhar ainda mais as massas com o flagelo das demissões de milhões, redução forçada de salários e suspensão temporária do contrato de trabalho, mais fome, miséria e repressão aos pobres desamparados ante a COVID-19, a pretexto de combatê-la. No Sul da África, de novo revivendo os métodos do Apartheid, as Forças Armadas patrulham os bairros para que as massas morram ali sem acesso às instalações sanitárias apropriadas, nem sequer para tempos “normais”, sem falar de atenção médica. Assim, é necessário ter presente que o número real de mortos causados por esta pandemia se esconde, porque a grande maioria dos mortos, que se encontram nas nações oprimidas, não são registrados já que nem sequer foram feitas neles as provas respectivas.

Os parasitas imperialistas, os responsáveis da crise, cinicamente oferecem “ajuda” através da dupla diabólica, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, ambos dominados pelo imperialismo ianque. Os povos do mundo conhecem muito bem que estas instituições não significam nada mais que subjugação, opressão, exploração, fome e miséria. Os escravistas assaltam o escravo, o golpeiam selvagemente até que ele caia no chão e dali oferece a ele a mão para levantar-se na condição de que se ponham as correntes mais fortes – assim manejam esses miseráveis.

A opressão gera resistência e o desenvolvimento desta crise do sistema imperialista, sinal de seu maior afundamento, que ameaça prolongar-se por anos, levará a um imenso crescimento do protesto popular em todo o mundo, a revolução expressará cada vez mais seu caráter de tendência histórica e política principal. Todos os crimes dos imperialistas e seus lacaios serão cada vez mais castigados pelas massas revolucionárias em todo o mundo. As lutas de libertação nacional vão aumentar ainda mais e grandes explosões de luta popular estremecerão o mundo inteiro. O proletariado internacional e os povos do mundo, dirigidos por autênticos Partidos Comunistas marxistas-leninistas-maoistas, vão dar grandes saltos adiante para acabar com a praga mais sinistra que é o imperialismo. O colosso com pés de barro será derrubado.

Contra o imperialismo e os velhos Estados: Combater e Resistir!

Os comunistas do mundo devemos entender a situação política atual muito bem e assumir nossa responsabilidade com iniciativa, energia e audácia, lutando inexoravelmente para elevar ao topo a bandeira vermelha com a foice e o martelo nas primeiras filas da luta de massas, combatendo e resistindo, para dirigi-las e canalizá-las a serviço da revolução proletária mundial, na luta por revoluções democráticas e socialistas – segundo o que corresponde respectivamente em cada país. O aprofundamento da crise do sistema imperialista gera excelentes condições para os comunistas desenvolverem a política de massas; aprofundar, estreitar e ampliar suas raízes e laços com as massas mais amplas e profundas, como já estão fazendo nossos camaradas em vários países – os que não se deixaram desorientar e perder a iniciativa pelo “choque” de ter que enfrentar em casa a plena maldade do sistema – e isso permite avançar na construção dos três instrumentos da revolução, Partido, Exército e Frente, concentricamente. Assim, e não pode ser de outra maneira, o principal é centrar na construção mesma do Partido Comunista, seja em processo de reconstituição, constituição, ou já reconstituído, mas ainda assim merece atenção especial a construção da Frente Única da revolução, seja democrática ou socialista, dirigida pelo proletariado. A Frente tem que se plasmar segundo o momento de desenvolvimento da revolução em cada país, como frente de classes que corresponde à tarefa central e mais alta da revolução, a luta armada revolucionária, isso é, guerra popular, para conquistar e defender o Poder para o proletariado e o povo, partindo de que a revolução em cada país é diferente segundo as condições particulares e que não é o mesmo a Frente em um país do que a Frente em nível mundial. O que nos deve fazer pensar em: unir, diferenciar-se e dirigir! Um bom manejo da política de Frente permitirá aos comunistas em todos os países dar passos gigantescos para avançar suas posições e unir sob a direção, segundo suas condições particulares e no momento atual do processo revolucionário nos países respectivos, as amplas massas que em sua própria carne vivem essa praga que é o imperialismo. Nosso problema é diferenciar-nos, não nos confundir; só nos diferenciando nitidamente podemos manejar essa polarização de classes que já está se desenvolvendo e será maior. Se não nos diferenciamos, então nos mesclamos e desenvolveríamos esse vulgar “frentismo”, essas misturas que servem para fins contrários aos que deveriam servir; além disso porque o Partido tem que persistir e fazer todo o necessário para ser o centro único reconhecido para que a revolução realmente possa se desenvolver segundo o que fixou o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo.

Em momentos de grande agudização da luta de classes há que desenvolvê-la como prolongada e levá-la a frente por períodos. Ter presente que não se pode desenvolver tudo no mesmo nível; há desenvolvimento desigual, é uma lei, o desenvolvimento é desigual e sempre o será. É obrigatório que os comunistas levantem consignas claras e concisas para orientar a luta das massas, ligadas diretamente com ações contundentes que repercuta nas mentes, neste caso isso é para romper a “Trégua Política”, a “unidade nacional”, que pretendem impor os governos, sob o pretexto de “combater o Corona-Vírus” para aplastar a luta revolucionária e popular. Os comunistas devem desmascarar as medidas corporativas e dinamitar as ilusões nos velhos Estados, do contrário cairão na armadilha de servir à maior reacionarização dos Estados, centrando a agitação e propaganda fundamentando o fato de que a única saída do círculo de ferro da exploração é a revolução sob a direção do proletariado dirigido por seu Partido Comunista. A luta reivindicativa é necessária e há que desenvolvê-la em função da luta pelo Poder para o proletariado e o povo; há que ver que a luta política é principal e a luta econômica do proletariado e dos trabalhadores em geral é base; o problema de salário, jornada, condições de trabalho e direitos como o de sindicato, greve, de reunião, de associação, de expressão, de opinião e movimento, etc, são problemas de vital importância que não se pode deixar de lado pois se fizéssemos isso não poderíamos desenvolver o trabalho de massas para a revolução. Há que levantar alto, impulsionando paralisações, greves, manejando bem sua interrelação segundo as circunstâncias concretas da luta. Frente a pandemia os comunistas não podem abandonar as massas ante a chantagem e ameaças do “isolamento social impositivo” das autoridades reacionárias e as migalhas que as oferecem como bons samaritanos. Devem encabeçar a organização da frente única também como organismos sanitários de defesa popular, como organismos políticos das massas para lutar pelas necessidades básicas de proteção contra a contaminação e para garantir por todos os meios o abastecimento de alimentos e remédios, cancelar os pagamentos dos serviços de água, eletricidade e do transportes de massas.

Ter presente que os velhos Estados, diante da crise mais profunda, descarregam o peso da mesma nas costas das massas, a exploração e a opressão se reforçam com maior corte de direitos, liberdade e benefícios ganhos com sangue das massas. Para aplicar isso a reação necessita dar suas “medidas sociais” ou “reformas” e estas só podem dar frutos à reação se nós nos deixarmos arrebatar as bandeiras da luta; nós, os comunistas, estamos avançando e não vamos deixar que nos sejam arrebatadas, e menos ainda vamos depô-las, temos que golpeá-las para fazê-las fracassar, para tirar dela a ação contrarrevolucionária. As massas sabem onde estão seus interesses, confiança nas massas, confiança no povo, recordar sempre: “o povo e apenas o povo é a força motriz da história”.

A situação atual no mundo, desde o lado do povo está condensada em: A EXPLOSIVIDADE DAS MASSAS SE INTENSIFICA EM TODO O MUNDO E SE DESENVOLVERÁ MAIS PODEROSAMENTE. A nossa obrigação é ter clara esta situação explosiva e utilizá-la como corresponde aos próprios interesses do proletariado e do povo, em função de iniciar e desenvolver a guerra popular. Há que saber lutar, há que aplicar os princípios da guerra, pois há que aplicar o que disse o Presidente Mao para todo tipo de luta em geral: lutar com razão, vantagem e limite até onde se pode ir; se se passa esse limite pode gerar uma reação contrária e o que é triunfo se converte em derrota.

Enquanto os imperialistas, reacionários e revisionistas em todo o mundo, com descarado cinismo, tratam de usar a agudização da crise imperialista para avançar seus próprios interesses particulares, atacando o proletariado internacional e os povos do mundo, sacando suas garras de ferro para roubar, matar e apoderar-se da maior parte do botim, que são as nações oprimidas, o proletariado e os povos devem fazer tudo ao contrário. Os comunistas devem ter uma só resposta, uma resposta única do proletariado internacional, devemos desfraldar o internacionalismo proletário, na teoria e na prática, e lutar pela unidade do Movimento Comunista Internacional (MCI), com base no marxismo-leninismo-maoismo, principalmente o maoismo, a luta contra o revisionismo e em servir a revolução proletária mundial, empunhando a guerra popular, desenvolvendo as já iniciadas, preparando e, principalmente, os mais pronto possível iniciar as novas em todos os países.

Os comunistas estamos avançando na unidade do MCI, avançando decididamente para a realização da Conferência Internacional Maoista Unificada e dar partida para o nascimento da nova organização internacional do proletariado.

É momento para a unidade, basta de divisionismo, sabotagem, tráfico e luta suja. Os que estão pelo maoismo e a guerra popular e que cometeram erros graves de princípio devem assumir autocrítica rompendo não somente com esses métodos mas principalmente com seu fundo, as convergências com os fundamentos de Avakian e Prachanda, entendido bem que nenhuma destas ratazanas deram algum aporte ao marxismo, senão o que são há muito tempo, simples revisionistas. No MCI, um crescente número de Partidos e Organizações clamam pela reconstituição da gloriosa Internacional Comunista, guiados pelo maoismo, alguns todavia vacilam e uns poucos têm outro critério, mas isso não prejudica pois esse caminho longo já foi empreendido e não há volta atrás, com o tempo e particularmente com mais guerra popular se vai forjando a unidade dos comunistas do mundo com base nos princípios.

É tempo para ação. Devemos redobrar nossas atividades impulsionando a rebelião das massas e brigar para transformar a luta espontânea em luta consciente sob a direção do proletariado. Agora não é momento de chorar sobre nossas falhas e limitações senão em meio da luta devemos elevar-nos às necessidades do momento. É por isto que devemos nos preparar; agora não tem outra que lançar-nos à luta, quem neste momento duvida ou vacila perde a confiança das massas. Este Primeiro de Maio será uma grande manifestação do vigor do comunismo, nossas flamejantes bandeiras vermelhas com a foice e o martelo são símbolo de esperança, do futuro luminoso do comunismo, que ondeiam proclamando a guerra ao mundo de opressão e exploração. Adiante camaradas!

Viva 1º de Maio, Dia Internacional do Proletariado!
Unir-se sob o Maoismo!
Havendo Partido, havendo Massas, todos os milagres serão realizados!
Proletários e Povos do mundo: Unamo-nos para varrer a praga do imperialismo da face da Terra com Guerra Popular!

*  (O PCM não está de acordo com a qualificação da Alemanha como potência imperialista hegemônica na UE)